Imagens que contam histórias com finais felizes.
O 2ª ano do projecto foi em tudo semelhante ao ano anterior, replicando metodologias e estratégias bem conseguidas no primeiro ano, com maior investimento nas acções para promoção da vigilância materna e do parto hospitalar, particularmente a formação, a educação e informação para a saúde.
Apesar de alguns problemas e constrangimentos, de uma forma geral, podemos dizer que todos os objectivos planeados para o 2º ano foram cumpridos, com sucesso. No entanto, só depois de resolvidos os problemas político-sociais e alcançada uma paz duradoura, na Guiné-Bissau, se pode falar em desenvolvimento sustentado.
Manteve-se ao longo do ano a excelente colaboração dos parceiros locais e das autoridades de saúde, com os quais trabalhámos em estreita colaboração, articulando os interesses da Região com os objectivos do projecto.
As principais taxas de referência de saúde da População continuam preocupantes em particular a mortalidade infantil, a mortalidade materna e neonatal, apesar de terem melhorado alguns pontos percentuais, com poderemos constactar no resumo que transcrevemos.
Resumo do 2º ano
À semelhança do 1º ano, também o segundo ano imprimiu alguma mudança nas relações de trabalho, na motivação e sobretudo ao nível do desempenho dos profissionais de saúde.
Embora os resultados esperados tenham ficado aquém das expectativas da equipa, podemos constatar o esforço, e o empenho de todos os técnicos de saúde e autoridades regionais, na melhoria da qualidade e da acessibilidade aos cuidados de saúde.~
O processo eleitoral, as mudanças nas políticas gerais e na saúde em particular, os vários conflitos político sociais, que tiveram lugar no decurso de 2009, contribuíram directa e indirectamente para que os resultados ficassem ligeiramente abaixo dos planeado em alguns indicadores.
Em termos práticos, ao nível do desempenho as mudanças nos aspectos ligados á biossegurança, higiene, arrumação, disponibilidade são notórias, observadas e referenciadas nas avaliações, pelos responsáveis regionais, como forma de motivação para a continuidade do bom desempenho.
No capítulo da construção / reabilitação o projecto deu um grande contributo à região com a reabilitação do Centro de Saúde de Cambadjú, que não tinha condições minimamente dignas para a prestação de cuidados.
Da mesma forma que a reabilitação da residência dos técnicos de saúde nesta localidade, contribuiu para diminuir as dificuldades de quem vive e trabalha isolado, sem horários, numa situação de disponibilidade permanente e sem contrapartidas financeiras e de carreira justas.
O resultado da formação ultrapassou as nossas expectativas. Para além de ter sido concretizado todo o plano de formação, houve grande interesse, participação e disponibilidade de todos os que foram beneficiários da formação, para o trabalho com a comunidade, objectivo central da formação.
As taxas de mortalidade Infantil, materna e neo-natal, embora preocupantes, fazem adivinhar mudanças positivas. Foi introduzido no sistema epidemiológico a investigação dos óbitos maternos o que vai implicar uma maior responsabilização de todos quantos, (prestadores e decisores), participam nas actividades ligadas à saude da mulher, em particular, na vigilância da durante a gravidez, parto e puerpério.
O parto hospitalar/assistido e a consulta de vigilância bem como outros indicadores de qualidade (prevenção do paludismo, da anemia e do tétano neo-natal, durante a gravidez) têm vindo a melhorar significativamente, perspectivando-se possibilidades de atingir também o objectivo “Aumento do parto assistido” e Consulta pré Natal.
Relativamente à TMI, uma das mais altas do mundo, parecem também perspectivar-se melhorias tendo em conta os resultados das taxas de cobertura vacinal e, consequentemente, a diminuição das doenças evitáveis pela vacinação. Relativamente ao ano anterior registaram-se menos de 19 óbitos em menores de 15 anos nos CS e HR de Bafatá, correspondendo a uma diminuição de 25%, neste indicador específico.
A diminuição em 30% da Desnutrição Infantil, um dos grandes objectivos do projecto, parece ser possível, apesar de todos os factores que condicionam este indicador. Nesta fase a desnutrição infantil recuou 6 pontos percentuais na região, o equivalente a 25%, mantendo-se no entanto em 17,5%.
Quanto as taxas de cobertura vacinal, todas foram alcançadas, mantendo-se todas à excepção da Vacina antitetânica (adultos) acima das metas planeadas para o país.