As condições de saneamento da grande maioria das tabancas são muito precárias. Os locais de recolha de água na sua maioria são partilhados por pessoas e animais. Exceptuando os furos artesianos, com bomba manual ou mecãnica, aos restantes poços encontram-se em péssimo estado protecção e higiene. A recolha de água num numero muito elevado de poços, é feita por mergulho, e os vasilhames são manuseados sem higiene.
Nas comunidades rurais não existem sanitários. Apenas algumas residências possuem latrinas rudimentares e um número significativo não tem sequer latrina.
Não há o hábito enterrar ou queimar os lixos, com regularidade.
São feitas grandes queimadas para preparação dos terrenos a cultivar, e para o fabrico de carvão, com grandes prejuízos para a fauna, flora, qualidade do ar e meio ambiente em geral.
Para promover melhores condições de saneamento do meio ambiente a equipa realizou um número significativo de acções de informação para a saúde, chamando a atenção para os aspectos que podem ser melhorados apenas com a prática de rotinas de higiene e mudança de hábitos prejudiciais ao meio ambiente.
Foram formados 8 trabalhadores na construção de latrinas. Estes trabalhadores ficaram sensibilizados para promover na comunidade a construção de latrinas melhoradas bem como prestar informação e aconselhamento sobre outras questões relacionadas com o saneamento: destino a dar aos lixos, construção e manutenção de poços em condições de segurança e higiene da tabanca.
Está a decorrer nas tabancas de Sado e Caone a identificação de famílias que querem aderir a um projecto de construção de latrinas melhoradas, com a colaboração de algumas associações locais. Esta iniciativa só poderá ser realizada se foram encontrados financiadores, já que como foi referido as famílias não tem capacidade financeira para custear a construção de uma latrina melhorada. Decorre, nesta fase, a procura de financiamento junto de empresários e sociedade civil portuguesa.
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