sábado, 27 de fevereiro de 2010
Profissionais que integraram a equipa no 2º ano do Projecto "Mais Saúde, Melhor Saúde por Bafatá"
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
2º Ano do Projecto "Mais Saúde, Melhor Saúde por Bafatá"
O 2ª ano do projecto foi em tudo semelhante ao ano anterior, replicando metodologias e estratégias bem conseguidas no primeiro ano, com maior investimento nas acções para promoção da vigilância materna e do parto hospitalar, particularmente a formação, a educação e informação para a saúde.
Embora os resultados esperados tenham ficado aquém das expectativas da equipa, podemos constatar o esforço, e o empenho de todos os técnicos de saúde e autoridades regionais, na melhoria da qualidade e da acessibilidade aos cuidados de saúde.~
Em termos práticos, ao nível do desempenho as mudanças nos aspectos ligados á biossegurança, higiene, arrumação, disponibilidade são notórias, observadas e referenciadas nas avaliações, pelos responsáveis regionais, como forma de motivação para a continuidade do bom desempenho.
No capítulo da construção / reabilitação o projecto deu um grande contributo à região com a reabilitação do Centro de Saúde de Cambadjú, que não tinha condições minimamente dignas para a prestação de cuidados.
O resultado da formação ultrapassou as nossas expectativas. Para além de ter sido concretizado todo o plano de formação, houve grande interesse, participação e disponibilidade de todos os que foram beneficiários da formação, para o trabalho com a comunidade, objectivo central da formação.
As taxas de mortalidade Infantil, materna e neo-natal, embora preocupantes, fazem adivinhar mudanças positivas. Foi introduzido no sistema epidemiológico a investigação dos óbitos maternos o que vai implicar uma maior responsabilização de todos quantos, (prestadores e decisores), participam nas actividades ligadas à saude da mulher, em particular, na vigilância da durante a gravidez, parto e puerpério.
Relativamente à TMI, uma das mais altas do mundo, parecem também perspectivar-se melhorias tendo em conta os resultados das taxas de cobertura vacinal e, consequentemente, a diminuição das doenças evitáveis pela vacinação. Relativamente ao ano anterior registaram-se menos de 19 óbitos em menores de 15 anos nos CS e HR de Bafatá, correspondendo a uma diminuição de 25%, neste indicador específico.
A diminuição em 30% da Desnutrição Infantil, um dos grandes objectivos do projecto, parece ser possível, apesar de todos os factores que condicionam este indicador. Nesta fase a desnutrição infantil recuou 6 pontos percentuais na região, o equivalente a 25%, mantendo-se no entanto em 17,5%.
Quanto as taxas de cobertura vacinal, todas foram alcançadas, mantendo-se todas à excepção da Vacina antitetânica (adultos) acima das metas planeadas para o país.
sábado, 30 de janeiro de 2010
O Centro de Saúde de Gã- Turé
As imagens foram gravadas durante uma visita supresa ao C.S. ( Não foi possível carregar video....)
Os nossos parabéns ao Enfermeiro Augusto Gomes, responsável pelo CS e à Enfª Paula Vieira.
Mudanças Visíveis
Organização, higiene, limpeza de uma das Salas de Parto dos Centros de Saúde
Da intervenção da equipa, durante o primeiro ano, notam-se já algumas mudanças, visíveis particularmente nos aspectos ligados à biossegurança, higiene das instalações, rotinas de descontaminação de materiais, utilização, manuseamento e conservação de materiais e equipamentos e particularmente na aplicação de métodos e rotinas de trabalho uniformizadas, dentro de padrões mínimos aceitáveis de qualidade.
Principais constrangimentos do 1º ano.
Direcção Regional de Saúde de Bafatá
O principal problema foi a barreira da língua e o contexto em que a equipa se viu forçada a prestar cuidados de saúde: unidades de saúde muito degradadas (USB) sem condições mínimas. (imóveis e equipamento muito degradados, sem água, energia/iluminação/ventilação e naturalmente, condições de higiene muito deficientes).
Os maiores constrangimentos relativos à execução do projecto relacionaram-se com alguns problemas logísticos, fíceis de ultrapassar: orçamento apertado, avarias frequentes nos equipamentos (agua, energia, informática, cadeia de frio,burocracias de desalfandegamento demoradas e onerosas...)
A inospitalidade da região de Bafatá, (clima e a ausência de equipamentos sociais, isolamento) e as avarias frequentes nos geradores instalados no edifício do escritório / residência e a ausência de resposta local para a sua reparação, foram responsáveis por longos períodos em condições de habitabilidade e de trabalho bastantes difíceis, situação responsável por algumas dificuldades no planeamento e concretização de actividades que a equipa procurou ultrapassar com compreensão, espírito de equipa e cooperação.
As condições de trabalho nos CS e USB, muito difíceis (falta de condições de higiene e saneamento, água potável, equipamento, medicamentos), foram também um forte constrangimento ao desenvolvimento das actividades e exigiram um grande esforço de adaptação da equipa.
As situações de pobreza extrema que caracteriza a população desta região e que diariamente testemunhamos - para as quais não temos resposta possível - obrigam a um esforço suplementar de adaptabilidade e adequação de técnicas, metodologias e estratégias de intervenção, por vezes difíceis de aceitar, mesmo no contexto de estratégias para o desenvolvimento do continente africano, aceite pelos próprios.
A ausência de uma rúbrica orçamentada, para apoiar actividades com os parceiros locais, é também um constrangimento importante. (os voluntários são imprescindíveis no apoio à equipa, para mobilização e animação cultural, e educação/ informação para a saúde....) . A falta de orçamento para estas actividades, causa constrangimentos, e interfere directamente com a realização de actividades impostas no projecto.
As dificulddes no acesso a comunicações, nomeadamente o acesso a Internet, foram motivo de perdas de tempo e algum atraso na troca de informação, articulação e acompanhamento das actividades no terreno. No entanto, apesar de todos as dificuldades, foi possível cumprir os objectivos planeados para o 1º ano do projecto.
Da avaliação da DRS de Bafatá ressalta o reconhecimento trabalho desenvolvido pela equipa, na melhoria dos indicadores de saúde da região, contributo decisivo para que o Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau, atribuísse à equipa Regional de Saúde, o "Diploma de Mérito" pelo seu desempenho no ano de 2008.
sábado, 2 de janeiro de 2010
A Equipa
Bafatá
Tem uma superfície de 5.894 quilómetros quadrados e uma população estimada de 205.699 habitantes, representado 26% da população total da Guiné-Bissau.
A Região de Bafatá faz fronteira a Norte com a República do Senegal, a Oeste com a Região de Oio, a Este com a Região de Gabú e a Sul com as Regiões de Tombali e Quinara.
O clima é tropical sudanês, quente e seco, composto de duas estações, a da seca que vai de Novembro a Abril e a da chuva de Maio a Outubro, registando-se neste período precipitações anuais na ordem dos 1.400 mililitros por metro quadrado.
Cidade Velha - Avenida Principal - Acesso ao rio Geba
Rio Geba
O rio Geba o maior do Pais, caudaloso no tempo das chuvas, atravessa a planície da região de Bafatá, sendo um recurso importante da região e uma extraordinária via de comunicação entre as populações locais.

